6 de fev. de 2012

A paixão pela costura

Uma personagem marcante e indispensável da Kolonie é a famosa Dona Lena, a responsável pelos vestidos das candidatas e pelos trajes oficiais da festa, também chamada por Maria Helena Ferreira Rechnmacher.        

Dona Lena, 62 anos,  moradora do bairro Campo Vicente, aprendeu a costura sozinha ainda quando era criança, e desde então faz de tudo no ramo da costura, desde uma pequena reforma a um vestido complicado e cheio de detalhes como os da Kolonie.

Orgulhosa por fazer parte desta história pelo 5ª consecutivo, Dona Lena lembra ainda como foi o convite. “Fiquei apavorada quando chegaram aqui em casa me convidando, eu ainda brinquei dizendo que eles eram muito corajosos”, disse Dona Lena. O medo no primeiro ano deu lugar a extrema confiança.

Requisitada por clientes não só de Nova Hartz, mas também de outras cidades como São Leopoldo e Novo Hamburgo, Dona Lena conta que seu ano é sempre repleto de pedidos. “Começo em janeiro com vestidos das candidatas, depois os trajes oficiais da Kolonie, roupas gauchescas para os CTGs e então no final do ano, os vestidos de formatura”.

Quem confirma o talento da costureira, é sua vizinha Claidi Beatriz dos Santos, 51 anos, funcionária pública, que conta que desde que Dona Lena se mudou para Nova Hartz ela manda fazer todas as reformas com ela. “Em dezembro ela me avisou que se tivesse mais alguma reforma para fazer era para trazer logo, pois em janeiro ela começaria os vestidos das candidatas”, diz Claidi.

A confecção dos vestidos é um tanto trabalhosa, depois de conversar com Joel Hartz, responsável pelo desenho dos vestidos, ela começa a preparação usando os moldes para cortar os tecidos, e em seguida faz um piloto para aprovação dos organizadores. Depois de aprovado, ela dá continuidade na confecção aplicando os detalhes finais e fazendo as provas com as candidatas. ”Levo uns 3 dias para fazer cada um”.

A costureira fala que a festa alemã Kolonie, que resgata os costumes e tradições dos colonos realmente leva ao pé da letra o tema. “Uma festa de colonos, com uma costureira que usa uma máquina antiga e que vive numa chácara”, brinca Dona Lena, que apesar da maneira modesta de coser as vestes, é a garantia de um belíssimo trabalho.